quinta-feira, 6 de novembro de 2008

TV 3D deve chegar ao consumidor final em até cinco anos


Até 2013, o consumidor final brasileiro poderá assistir na sua própria casa a uma programação em 3D, em que o espectador tem a impressão de ver objetos "saltando" da tela, sem necessidade de óculos especiais. É o que afirma a companhia Philips, que já vende esses equipamentos para empresas e para uso publicitário em eventos.

Nesta quinta-feira (6), a empresa inaugurou oficialmente em São Paulo um centro para fazer a conversão de imagens 2D convencionais para o formato 3D. O objetivo é fomentar o uso da tecnologia e acelerar sua utilização --a companhia afirma que já comercializou 3.000 desses monitores.

De acordo com a Philips, até que a tecnologia seja utilizada pelo espectador comum, é necessário que as emissoras de TV e as produtoras de filmes passem a produzir conteúdo nesse formato. Também é preciso fazer ajustes no sistema de transmissão.

"Esperamos que em três a cinco anos você veja imagens 3D na sua casa", afirma José Fuentes, vice-presidente da Philips Business Communications.

Microprismas

Esse tipo de monitor tem tela de LCD, mas ganha uma película especial com microprismas. No jogo de luzes, o espectador tem a impressão de tridimensionalidade. A idéia é formar na tela duas imagens diferentes, que são combinadas pelo cérebro para formar uma figura 3D. Em geral, as cenas são filmadas usando um equipamento especial ou gravadas por duas câmeras ao mesmo tempo --depois, a imagem é fundida.

Além do preço --uma equipamento desses hoje custa 18 mil euros (R$ 50 mil)--, a TV 3D ainda tem de superar a barreira do conteúdo. Filmes feitos com tridimensionalidade, como os recentes "U2 3D" e "Viagem ao Centro da Terra - O Filme", também precisam ser convertidos para um novo formato para serem assistidos sem óculos especiais. O mesmo acontece com games.

Hoje, ainda se discute qual será o padrão utilizado para esse tipo de transmissão --a Philips adota o auto-estereoscópico. Fuentes diz que há três emissoras no Brasil fazendo testes com a tecnologia, sem revelar quais são.

Fibra óptica

A Telefônica estuda transmitir programação em 3D por meio de seu serviço de IPTV (TV na internet). A empresa afirma que está fazendo adaptações em sua rede de fibra óptica para dar suporte ao sistema, mas ainda não há uma data para o lançamento.

Até lá, a Philips também tem de fazer ajustes no monitor que oferece hoje, para adaptá-lo ao uso doméstico. Apesar de ter resolução de 1920 x 1080p, reproduzindo imagens em alta definição "total", a tela sofre com um ângulo de visão limitado.

Por isso, quem vê o monitor pelos cantos acaba assistindo a uma imagem distorcida. A empresa oferece o modelo de 42 polegadas, mas planeja lançar no ano que vem versões com 8 polegadas, 22 polegadas e 52 polegadas.


Fonte:Folha

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