quarta-feira, 12 de novembro de 2008

O Google quer invadir o seu celular

ABRE E FECHA – O primeiro celular com o Android, o G1, tem um tecladão completo; basta arrastar a tela

Conheça os detalhes do G1, que foi lançado semana passada e quer integrar os serviços do buscador com os fones

Há mais de um ano uma pergunta rondava o mundo da tecnologia: qual seria a intenção da maior empresa de internet ao desenvolver um telefone celular? Na última terça-feira, os criadores do Google – que entraram no evento de lançamento de patins nos pés (na foto) – deram a resposta. A seu modo.

Durante a apresentação do primeiro telefone com o Android – o sistema operacional para celulares criado pela empresa do famoso buscador –, Larry Page e Sergey Brin afirmaram que a idéia de vender anúncios para celular não estava entre os objetivos principais (você acredita?).

Segundo eles, o G1, como foi batizado o novo telefone, serviria mesmo para que as pessoas usassem os serviços do Google além do computador. Ah, bom...

O que se percebe é que o celular – na verdade, mais o Android do que o aparelho – permite navegar na web com tanta facilidade quanto em um computador. Segundo Page e Brin, os patins nos pés serviam para mostrar isso. Afinal, as pessoas não carregam consigo um laptop quando vão deslizar por aí. Já o celular está sempre à mão. E, dentro dele, o Gmail, o Google Maps, o Orkut, o Gtalk, o YouTube, o Google Docs, o Google Reader, etc. Espertos os dois patinadores, não?

De fato, o G1 – assim como os futuros aparelhos que virão com o Android – é totalmente integrado com os serviços do Google. Ao criar um novo contato no telefone, o nome, o número e o e-mail da pessoa são gravados automaticamente no Gmail. Além disso, se o endereço estiver cadastrado, basta clicar sobre ele para abrir uma janela do Google Maps, que mostrará onde fica a casa do sujeito.

E, quando você adiciona um novo compromisso à agenda do Google Calendar, a data também é marcada no calendário do celular. Dá até medo pensar que o todo-poderoso Google vai organizar o seu dia-a-dia mesmo fora do PC. Quer ver como funciona? Veja o vídeo emwww.google.com/mobile/android.

A Apple já havia feito algo similar quando lançou o iPhone 3G, à venda no Brasil desde sexta. Mas a diferença é que seus serviços integrados custam US$ 99 e são bem menos populares do que os sites do Google.

À LA IPHONE
O telefone do Google, aliás, é um dos poucos que parece ser tão fácil de usar quanto o tão incensado iPhone. Tem uma tela de três polegadas sensível ao toque, por meio da qual é possível arrastar janelas. Sob a tela surge um tecladão com tantas teclas quanto o de um computador, o que facilita a digitação.

Arrastando o dedo de baixo para cima na tela, aparece o menu do celular, bastante parecido com o da maioria dos aparelhos, com opções de ferramentas, configurações, imagens e músicas, entre outras.

Mas, na parte de cima da tela, há o que o Google chama de “barra de status”. É lá que são exibidos os alertas de mensagens de textos recebidas, os bate-papos do Gtalk, os e-mails e os compromissos da agenda. Para abrir a barra, é só arrastar o dedo no sentido inverso do menu, de cima para baixo.

Além disso, há várias áreas de trabalho nas quais o usuário pode colocar botões para suas funções preferidas, como ícones para mensagens de texto, contatos, e-mail, câmera, entre outras.

Entre os pontos negativos, o celular, fabricado pela taiwanesa HTC, não tem um design tão atrativo, ficando aquém até mesmo de outros modelos do mesmo fabricante.

BRASIL FORA DOS PLANOS
Nem a HTC nem o Google têm uma previsão de quando o G1 chegará por aqui. O telefone começará a ser vendido nos Estados Unidos em outubro, por US$ 179, e no Reino Unido em novembro, onde poderá até ser gratuito, conforme o plano assinado.

Por enquanto apenas a operadora T-Mobile terá a novidade. Inclusive, o nome foi dado pela operadora. O nome da HTC é outro, Dream.

Segundo as empresas, outros países da Europa deverão ser os próximos a receber o aparelho no decorrer de 2009.

Ou seja, mais uma vez ficamos de fora.

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