domingo, 8 de junho de 2008

No mundo 3D, o Homem de Ferro é quase realidade


Em "Homem de Ferro", Tony Stark cria sua armadura empregando ferramentas de modelagem que usam um holograma tridimensional que permite ao herói testar a adaptação das peças ao corpo sem precisar criar um modelo físico.

Exagero high-tech, sem dúvida. Mas, como ocorre com os serviços on-line, a integração de aplicativos também é um dos indicadores para o futuro da modelagem tridimensional.

Os softwares de modelagem (CAD/CAM, sigla em inglês para desenho e manufatura auxiliados por computador) tiveram seu início nos anos 80, com projetos militares --um certo paralelo com o filme, pois as Forças Armadas são grandes clientes da empresa de Stark. Levaram a prancheta do arquiteto para a tela do computador e lá ficaram.

Modelagem e produção

"A mudança para o 3D foi a base para um grande salto nesse de aplicativo", diz Acir Marteleto, gerente-geral da Autodesk no Brasil.

"O software de modelagem não fica apenas restrito a criar objetos ou maquetes virtuais. Hoje ele ajuda a analisar, testar e até simular situações que envolvem um projeto", conta.

É mais ou menos o que acontece com o trabalho de Tony Stark no filme, "já que ele testa a armadura e vê se ela atende as suas especificações", diz o executivo da Autodesk. O ato de simular a armadura seria possível hoje com o uso de sensores no corpo e inserindo os dados em ambientes de realidade virtual, de acordo com Marteleto.

O projetor holográfico usado pelo Homem de Ferro (e, em outro modo, em séries policiais como "Bones") ainda é algo distante, mas montadoras e empresas aeronáuticas já usam softwares de modelagem em conjunto com monitores 3D para simular e corrigir projetos de carros e aviões.

Plantas on-line

Outro exagero comum visto em filmes é a rapidez com que bombeiros entram em prédios em chamas sem conhecer sua planta ou locais de risco. Los Angeles, na Califórnia, é local para testes de um projeto da Autodesk (entre outros) que une bases de dados da defesa civil, bombeiros e polícia.

No caso de um incêndio, os bombeiros podem checar a planta do local pare achar rotas de fuga ou tubulações de água ou gás. A evolução dos aplicativos para ajudar engenheiros e arquitetos a criar projetos segue o rumo da integração, como nos mapas e serviços on-line.

Integração

"No futuro, todos os dados estarão juntos. Em um projeto de apartamento, por exemplo, será possível medir na planta quanto um eletrodoméstico irá gastar naquele local, criando edifícios com análise de inteligência antes de ficarem prontos", diz Marteleto.

"Será possível simular e antecipar um projeto e seu impacto ambiental antes de começar a construir, possibilitando a construção de prédios mais "verdes'", conclui o executivo. Por essa, nem as séries de TV esperavam.


Fonte:Folha

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