segunda-feira, 14 de abril de 2008

Intel strikes back... again!

Quem acompanha o mercado de microprocessadores há algum tempo, não pensa na Intel como uma empresa. Pensa nela como um... um Jason Voorhees que mata (ou, ao menos, mutila) seus concorrentes com silício e não machados. Foi assim com a Zilog, com a Motorola, com Transmeta... é assim com a AMD e, agora, a gigante de Santa Clara está atrás de outra vítima: a ARM.intel-atom

A ARM Limited é uma empresa inglesa (qualquer dia conto a história) que está presente em nada menos que 75% (ou mais) dos dispositivos portáteis à venda pelo mundo afora. Sua arquitetura enxuta, de 32 bits, tem uma ótima combinação de preço, desempenho e consumo de energia. A própria Intel licenciava seus núcleos, que eram usados na antiga divisão XScale (vendida para a Marvell em 2006).


No entanto, com o enorme avanço de Jason, digo, da Intel no processo produtivo, ficou bastante óbvio para a diretoria que já era possível dar ao mundo o que ele mais precisava: processadores com uma ótima combinação de preço, desempenho e consumo de energia, mas com um adicional: compatibilidade com as instruções x86.



Então, nasceu o "Atom". Na verdade, serão duas linhas distintas: Silverthorne e Diamondville, talvez três, mas não vamos complicar.


Os Atom são processadores mais simples que os Core. Não fazem execução fora de ordem das instruções, mas são capazes de SMT (Simultaneous Multi-Threading). Comparativamente falando, são capazes de executar programas tão rapidamente quanto um Pentium M, mas, detalhe importantíssimo: consumindo apenas 2W. Além disso, podem "hibernar", gastando poucos miliWatts. Ah, já mencionei que são minúsculos, certo? Afinal, não dá para colocar um Pentium III num iPhone...


Ainda é preciso consumir menos, talvez incorporar alguns periféricos... é a velha história: o zumbi pode andar devagar, mas sempre pega a mocinha. A ARM terá uma década dura pela frente.

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